AVALIAÇÃO DA POTENCIALIDADE DE RESÍDUOS GERADOS PELA INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE COMO MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A INDÚSTRIA CIMENTEIRA

Autores/as

  • Joana Gomes Meller Universidade Federal de Santa Catarina
  • Letícia Torres Maia UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC)
  • Oscar Rubem Klegues Montedo UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC)
  • Hiany Mehl Zanlorenzi KLABIN S.A
  • Silvana Meister Sommer KLABIN S.A

Resumen

O aumento da atividade industrial conduz a um maior consumo de recursos naturais e consequentemente maior geração de resíduos. Portanto, estudos que tendem a valorização destes subprodutos têm atraído cada vez mais interesse. Este trabalho objetiva apresentar uma visão geral da possibilidade da utilização de três resíduos gerados no processo para obtenção da celulose: O grits, as cinzas volantes e o lodo de estação de tratamento de efluente, como matérias-primas alternativas, caracterizando-os através de análises físico-químicas e também em relação a sua periculosidade quanto a norma ABNT NBR 10004:2004, visando a incorporação dos mesmos em processos para obtenção de materiais cimentícios. A análise de Fluorescência de Raio – X, mostrou a predominância de óxido de cálcio (51,10%), sílica (43,63%) e perda ao fogo (74,47%) para grits, cinzas volantes e lodo de estação de tratamento de efluentes, respectivamente.  Os difratogramas de raios X, identificaram fases calcita e quartzo para ambos os resíduos. A análise térmica mostrou pico endotérmico (745ºC) para o grits, referente a descarbonatação e picos exotérmicos (359 °C e 434 ºC) para o lodo de estação de tratamento de efluente, possibilitando a utilização deste material como combustível alternativo no processo de clinquerização. Os resultados referentes a umidade para grits, cinza volantes e lodo de estação de tratamento são de 13,43%, 21,65 % e 87% respectivamente. Deste modo, as conclusões apontam os resíduos como materiais alternativos com potencial para a obtenção de clínqueres, pois suas características são semelhantes com as das matérias-primas usualmente utilizadas nas cimenteiras.

Publicado

2017-06-20