PERFIL SOCIOECONÔMICO, CULTURAL E DE SAÚDE OCUPACIONAL DOS CATADORES DE MATERIAL RECICLÁVEL DE SOLEDADE/RS/BRASIL.

Autores/as

  • Marta Martins Barbosa Prestes Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
  • Luana Bernardon Lemes Acadêmicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs
  • Patrícia Rochenback de Miranda Acadêmicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs
  • Rita Bello de Carvalho Acadêmicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs
  • Mônica Darós Sebben Acadêmicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs
  • Cândice Maiéli Porn Acadêmicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs
  • Andréia Batista da Silveira Acadêmicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs
  • Mara de Jesus Francisco Acadêmicas da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul/Uergs
  • Sinandra Dorneles Funcionária do CRAS/Soledade
  • Daniela Mueller de Lara Professora Assistente da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Resumen

A Portaria Interministerial n. 397 de 2002 garantiu o reconhecimento formal da atividade de catador de material reciclável. Entretanto, os próprios trabalhadores do segmento desconhecem a legislação que os ampara e a importância econômica, social e ambiental da sua atividade. Infere-se que Soledade apresente aproximadamente 180 famílias atuando na coleta de resíduos sólidos, de maneira individual e informal. O objetivo do trabalho foi caracterizar o perfil socioeconômico, cultural e de saúde ocupacional dos catadores de materiais recicláveis de Soledade/RS/Brasil. Para o desenvolvimento do trabalho, utilizou-se como instrumento uma entrevista estruturada com perguntas abertas e fechadas direcionada aos catadores, contemplando os aspectos de interesse da pesquisa. Foram entrevistadas 29 famílias, totalizando 106 indivíduos envolvidos, sendo 64 adultos (dezoito anos ou mais) e 42 crianças (menores de 18 anos). Os dados obtidos foram tabulados e analisados por estatística simples de médias e porcentagens, utilizando o programa Excel. O grau de escolaridade entre os adultos foi desde o analfabetismo (24%) até a conclusão de curso superior (2%). Entre as crianças 79% frequentam a escola. Vivem exclusivamente da renda da coleta de resíduos 56% das famílias. A renda obtida com a comercialização dos materiais é em média R$ 483,67 mensais. Os materiais comercializados quinzenalmente são papel (4.032kg), garrafas PET (2.880kg), ferro (2.790kg), alumínio (1996kg), plástico (1.864kg) e cobre (247kg). Sobre o uso de EPIs, constatou-se que 94% dos trabalhadores não usam. Considera-se que políticas públicas efetivas devam ser implementadas no sentido de oferecer melhores perspectivas socioeconômicas, culturais e de saúde ocupacional para esse segmento.

Biografía del autor/a

Marta Martins Barbosa Prestes, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Professora Adjunta da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Bióloga, Ms. em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia, Dra. pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Líder de grupo de pesquisa no CNPq.

Publicado

2017-06-20