PRÉ-TRATAMENTO ÁCIDO DA PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR VISANDO A PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO
Resumo
Uma alternativa para substituição de fontes não renováveis na geração de energia é a utilização de resíduos agroindustriais, como a palha de cana-de-açúcar. Os açúcares fermentescíveis liberados desta biomassa podem ser convertidos em etanol de segunda geração (2G), após cerca de 4 etapas: pré-tratamento, hidrólise enzimática, fermentação e destilação, sendo o pré-tratamento uma das etapas mais cruciais. Desta forma, o objetivo do trabalho foi realizar a otimização do pré-tratamento ácido da palha de cana-de-açúcar visando a produção de etanol de segunda geração. Para tanto, foi realizado um planejamento experimental linear 23, com 3 pontos centrais e 8 combinações únicas, totalizando 11 ensaios. Os fatores analisados foram: concentração de H2SO4 (1 M, 2 M e 3 M), temperatura (60, 80 e 100 oC) e tempo (20, 40 e 60 min). O ensaio 8 (H2SO4 3 M, 100 oC e 60 min) foi o que proporcionou uma maior liberação de açúcares redutores (15,9 g/L) e um menor rendimento mássico (69,71 %). Para avaliar as variações na estrutura química dos componentes da palha de cana-de-açúcar foi realizada a análise de espectroscopia na região do infravermelho por transformadas de Fourier (FTIR). Foram observadas mudanças estruturais entre a palha de cana-de-açúcar in natura e pré-tratada, demonstrando a eficiência do pré-tratamento. Desta forma, o pré-tratamento com H2SO4 diluído demonstrou ser vantajoso e uma forma de baixo custo para aumentar a solubilização dos componentes macromoleculares da biomassa e permitir uma hidrólise enzimática eficiente, visando a produção de etanol 2G.
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Instituto Venturi Para Estudos Ambientais