RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM EVENTOS CULTURAIS: ESTUDO DE CASO DO PROJETO HARMONIA CONSCIENTE 2017

Autores

  • Aline Paez Silveira Universidade Estácio de Sá
  • Cristiano Sordi Schiavi Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece como um de seus princípios a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, incumbindo ao Poder Público, ao setor empresarial e à coletividade deveres no que diz respeito à gestão de resíduos sólidos. Os eventos culturais são constituídos de atividades que envolvem a geração de resíduos sólidos, cabendo aos gestores e demais atores sociais relacionados com a produção e consumo de produtos realizarem uma gestão de resíduos adequada e de acordo com as diretrizes da PNRS. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar a responsabilidade compartilhada em eventos culturais, através do estudo de caso do Projeto “Harmonia Consciente 2017”, desenvolvido durante o evento “Acampamento Farroupilha”, Porto Alegre/RS. O método envolveu técnicas de observação direta e participativa e os elementos de análise escolhidos basearam-se nos objetivos da responsabilidade compartilhada. Os resultados apontaram que o Projeto atendeu ao conceito de responsabilidade compartilhada, na medida em que promoveu a articulação entre os atores sociais, desenvolveu ações de educação ambiental para informar e sensibilizar sobre a importância da participação social na gestão de resíduos, das práticas de minimização do consumo de produtos e de coleta seletiva. Ademais, possibilitou a inclusão de cooperativas de catadores no sistema de coleta de resíduos recicláveis, inserindo os resíduos na cadeia produtiva e gerando trabalho e renda para os catadores. Portanto, verificou-se que somente através de ações individuais e compartilhadas será possível realizar uma gestão integrada e participativa dos resíduos sólidos gerados em eventos culturais.

Palavras-chave: Gestão de resíduos sólidos; Responsabilidade compartilhada; Educação ambiental.

Publicado

2018-06-11

Edição

Seção

CIDADE BEM TRATADA